Hiperadrenocorticismo Canino (Doença de Cushing)
Denominada como Síndrome de Cushing ou Hiperadrenocorticismo , é
uma das doenças hormonais (endócrina) muito comum entre cães idosos e de meia idade. A mesma se dá também em gatos, porém em baixa prevalência. A
doença é caracterizada pelo aumento na quantidade de corticoides que circulam
no sangue, atingindo especialmente os cães de raças como: Poodle, Dachshund,
Labrador e Pastor Alemão; sendo que, a grande maioria dos pacientes acometidos
são fêmeas.
Sintomas:
Esta doença está associada a vários sintomas,
embora o estado geral dos cães que sofrem de Hiperadrenocorticismo pareça
satisfatório, o animais apresentam-se, geralmente, obesos.
É perceptível também transtornos cutâneos como
: alopecia (falta de pelo) simétrica nos flancos e abdômen, manchas
negras na pele, geralmente finas mas com algumas áreas espessas, observando-se
diversas bolhinhas. Associado a estes sintomas, é notável poliúria e polidipsia
(o cão urina e bebe mais que o normal).
Além de outros sintomas como: perturbações musculares
ou dos ligamentos, anomalias da função reprodutora, dificuldades
cardiovasculares, sintomas respiratórios
e neurológicos.
A doença se apresenta sob duas formas:
- ADH (adrenal dependent hyperadrenocorticism)
Está relacionada a um tumor adrenal que causa aumento na produção de glucocorticoides. Tumores da adrenal são responsáveis por 20% dos casos de síndrome de Cushing. Existe também a latrogenia, que ocorre quando os animais recebel altas doses de esteróides. Nessa forma da doença, os sintomas somem quando os esteróides param de ser administrados.
- PDH (pituitary dependent hyperadrenocorticism)
Relacionada ao excesso de produção de ACTH, que é o hormônio produzido pela hipófise ou Pituitária, que estimula a glândula adrenal a produzir glucocorticoides. Esta forma da doença é responsável por 80% dos casos de hiperadrenocorticismo em cães.
Diagnóstico:
Este apresenta duas etapas. A primeira, identifica a doença
baseando-se nos sintomas clínicos e a segunda, determina a causa, com a
finalidade de se escolher o tratamento adequado.
O exame clínico não descuida de nenhum dos sintomas citados
anteriormente e presta uma particular atenção às perturbações cutâneas e
urinárias.
Os exames de laboratório, neste caso análises hormonais, têm
por objetivo revelar o excesso de cortisol no sangue.
Para as dosagens segue-se uma exploração endócrina, mais
cuidadosa que permite localizar, com precisão, o nível de lesão causadora do
excesso de cortisol.
Nos raros casos em que se suspeite de um tumor supra-renal,
pode-se acrescentar aos exames anteriores um exame radiológico do abdômen, ou
mesmo uma ultrassonografia, para determinar a eventual presença de uma massa na
frente dos rins.
O Tratamento
O tratamento irá depender da lesão que tiver produzido a
Síndrome de Cushing. Na maioria dos casos, a terapêutica é médica e procura
reduzir a produção de cortisol. No cão, só alguns medicamentos são eficazes.
Os sintomas regridem, progressivamente, om o tratamento;
a poliuria e polidipsia desaparecem no fim de duas ou três semanas e os
sintomas cutâneos,em um prazo de 3 a 6 meses. Apesar de todas as precauções que
se possam tomar, o tratamento pode ter efeitos secundários.
Em caso de tumor hipofisário ou supra renal, pode-se
necessitar uma intervenção cirúrgica.
De
acordo com todas as informações aqui vistas, faz-se necessário um maior cuidado
com nossos animais de estimação, pois estes também podem estar sujeitos a
diversas doenças acometidas em humanos. Caso o animal apresente algum desses
sintomas, é importante consultar um médico veterinário imediatamente.
Obrigada pela atenção e até a próxima!
REFERÊNCIAS:
http://www. dogtimes.com.br/cushing.htm
http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/3569/hiperadrenocorticismo-sindrome-de-mes
http://www.redevet.com.br/artigos/hiperadreno1.htm